segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Ética na Família


Atualmente, vemos em nossa sociedade várias discussões sobre ética em diferentes ambientes e situações. Mas o porquê de discutir a ética também no meio familiar? A família é o primeiro espaço onde temos contato com um grupo de indivíduos que dividem os mesmos interesses. E, assim como em outros espaços sociais, na família precisamos entender que temos direitos, mas também deveres que não devem ser negligenciados.
Nas últimas décadas, vivenciamos o surgimento de novos modelos de família na sociedade, e com a formação desses novos modelos, surgiram também novos valores e princípios que interferem diretamente na construção psicossocial dos brasileiros.
É papel da família estabelecer limites que contribuirão na educação e  na formação do caráter do sujeito, através de seus princípios e valores construídos ao longo do tempo. No entanto, vemos a atual desconstrução desse papel, sendo ele atribuído somente à escola, à mídia ou à convivência entre indivíduos que não se constituem como família.
            Amar e respeitar cada membro da família, cumprir seu papel no âmbito familiar, respeitando o espaço de cada um é uma maneira de conviver de forma harmônica em uma sociedade, não importando qual seja o modelo de estrutura da família.


A partir dessas reflexões, foi realizado um trabalho na Universidade Federal da Bahia, na data de 23 de abril de 2012, na disciplina Ética em Fonoaudiologia, com o tema “ética na família”.
O trabalho foi constituído da apresentação e análise em sala de aula de um vídeo retirado do site Youtube. O vídeo consta de um depoimento de uma jovem de 17 anos, que sofreu uma tentativa de assassinato por parte do seu namorado. Este, por ciúme, teria dado mais de 10 facadas na jovem, que sobreviveu. E logo após sua recuperação, ela compareceu à prisão onde estava o rapaz que a esfaqueou, retirou a queixa e solicitou a liberdade dele, alegando que o perdoara e pretendia casar-se com ele por amor de ambas as partes.
A situação mostrada gerou diversos questionamentos e discussões em sala de aula. Dentre eles, destaca-se: se houve ética e/ou moral na atitude do casal; qual o papel exercido pela família da moça diante desse acontecimento; e com base em quais valores éticos e morais essa futura família será instituída.
A maioria da turma não aprovou a atitude da menor, e concordou que o rapaz concluiria, assim que possível, o ato de assassiná-la. Com relação à atitude tomada pela família da moça, algumas hipóteses foram levantadas, como por exemplo, a família pode não ter concordado com a atitude da moça e mesmo assim ela ter ignorado a opinião da família; ou a família pode ter aprovado tal atitude, por ser essa situação considerada moral e/ou ética dentro deste meio familiar; ou ainda, pode ter ocorrido omissão por parte da família.
No que diz respeito à existência ou não de ética e moral na decisão do casal, a turma entrou num consenso de que não houve, e que os valores desses dois jovens parecem ser distorcidos, uma vez que um crime foi tratado como algo totalmente perdoável e impune.
Sobre a formação de uma família através do casamento destes jovens, foram discutidos os conceitos sobre valores e ética que serão passados para os futuros filhos. Uma vez que dentro do meio familiar, as crianças são o espelho do que vivenciam através das atitudes dos pais, passando de geração para geração os valores que aprenderam como “corretos” em sua família. E você, o que pensa sobre isso???

Grupo: Aline Fischmann, Iris Vinagre, Luciane Lobo, Luma Cordeiro, Mariana Silva, Tácia Mattos, Taia Fernandes, Tanielly Araújo.

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